Encenação da última execução por pena de morte no Brasil em Pilar se torna Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas

No estado de Alagoas, mais precisamente no município de Pilar, a cultura e a história local foram fortalecidas com a sanção de uma lei de autoria da deputada estadual Fátima Canuto. A lei Nº 9.466/2025 reconheceu a encenação da última execução por pena de morte no Brasil como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Alagoas, destacando o evento histórico que ocorreu em 28 de abril de 1874.

Nessa encenação, que recria a história de Francisco, um escravizado negro, uma missa é realizada na Igreja Nossa Senhora do Rosário, onde o personagem pede para fazer sua última oração antes do enforcamento. O cortejo segue por cerca de 3 quilômetros pelas ruas da cidade até o sítio Bonga, local da execução, relembrando um dos momentos mais marcantes da história do país.

A deputada Fátima Canuto, conhecida por sua atuação em prol da cultura alagoana, destacou a importância da lei para preservar a memória desse evento. Segundo ela, a reconstituição anual da cena em Pilar permite que a população reflita sobre o passado e comemore a abolição da pena de morte, que se tornou parte da história. A inclusão da encenação no Calendário Turístico de Eventos e o reconhecimento como Patrimônio Imaterial de Alagoas são motivos de orgulho para a parlamentar.

O Museu e Casa da Cultura Arthur Ramos, situado em Pilar, guarda documentos que relatam esse importante capítulo da história brasileira. Jornais da época que descrevem a última aplicação da pena de morte no Brasil, há 150 anos, estão entre os materiais expostos no museu, que contribui para preservar a memória desse evento histórico.

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