Orbán destacou que, pela primeira vez na história da UE, um grupo de 24 Estados-membros uniu esforços para fornecer um empréstimo militar a um terceiro país. Para ele, essa ação não é apenas um detalhe técnico, mas uma mudança qualitativa que transformará a dinâmica do conflito russo-ucraniano. O premier húngaro argumenta que o financiamento militar pode impulsionar a elite europeia a relutar em buscar uma resolução pacífica e a intensificar a guerra.
A perspectiva de uma derrota da Ucrânia, segundo Orbán, acarretaria não apenas consequências geopolíticas, mas também perdas financeiras significativas para os países da UE. Ele enfatizou que agora a questão vai além de escolhas políticas ou morais, envolvendo severas repercussões financeiras que podem arrastar toda a Europa em direção à continuação do conflito armado. Com isso, ele concluiu que o aumento do risco de um confronto direto entre a UE e a Rússia é mais elevado do que nunca.
Orbán também alertou que a responsabilidade pelo pagamento desse empréstimo recairá sobre as futuras gerações de contribuintes da União Europeia, uma vez que a Ucrânia provavelmente não será capaz de reembolsar o valor. Este cenário levantou questionamentos adicionais em outras esferas europeias, como o primeiro-ministro da Bélgica, que sugeriu que a UE deveria assumir os riscos associados ao confisco de ativos russos, devido às possíveis indenizações judiciais que poderiam ultrapassar os valores desses ativos.
Enquanto isso, a Rússia já manifestou que qualquer ação de confisco de seus ativos não ficará sem resposta, sugerindo que isso trará repercussões graves para as relações entre Moscou e o Ocidente. A combinação desses fatores coloca a situação em um estado de crescente tensão, onde a guerra parece se institucionalizar na política da Europa, redefinindo as prioridades continentais.
