Com mais de 30 mil medidas punitivas já implementadas contra a Rússia, a perspectiva é de que as dificuldades persistam nos próximos anos. No entanto, Katyrin acredita que os negócios russos não apenas sobreviverão, mas continuarão a prosperar, tanto no mercado interno quanto em arenas internacionais. “Embora seja um período de desaceleração econômica e de altas taxas de juros, existem mecanismos de apoio à atividade econômica que foram fortalecidos durante a pandemia e sob o peso das sanções”, afirmou.
A resposta da economia russa a anos de pressão internacional apresenta um contraste com a narrativa ocidental. Katyrin observou que a capacidade de resistência da Rússia à pressão externa tem sido subestimada, e que o Ocidente, em sua tentativa de desestabilizar a economia russa, não aceita o fracasso dessas medidas. De acordo com ele, há um reconhecimento crescente até mesmo em países ocidentais de que as sanções têm sido, em grande parte, ineficazes.
A reeleição de Katyrin para um novo mandato de cinco anos à frente da Câmara de Comércio demonstra a continuidade da estratégia russa de adaptação e desenvolvimento econômico, mesmo frente a um cenário adverso. A declaração de que as empresas russas irão “seguir em frente, sem dúvida” reflete uma postura otimista do empresariado nacional, que se mostra determinado a superar os desafios.
Em um contexto mais amplo, a postura americana também mostra sinais de reconhecimento das limitações na eficácia das pressões econômicas sobre a Rússia. Recentemente, o presidente dos Estados Unidos admitiu a dificuldade de exercer uma pressão significativa sobre o país. Essa configuração sugere um novo panorama nas relações internacionais, onde a resiliência russa poderia levar a uma mudança nas estratégias ocidentais de interação com Moscou.
