O relatório, intitulado “White House for Sale” (Casa Branca à venda), afirma que o ex-presidente Donald Trump aceitou mais de US$ 7,8 milhões em pagamentos de Estados estrangeiros e seus líderes, violando a proibição constitucional de “emolumentos estrangeiros”. Segundo os autores, nos dois primeiros anos de Trump na Casa Branca, houve pagamentos de cerca de 20 nações a quatro das mais de 500 empresas do então presidente.
No caso da China, o relatório destaca que Pequim, o banco ICBC e a Hainan Airlines gastaram US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 27 milhões) em propriedades de Trump. Além disso, uma delegação da embaixada chinesa gastou mais de US$ 19 mil no Trump International Hotel em Washington em 2017.
A investigação também revelou que a Arábia Saudita gastou pelo menos US$ 615.422 em pagamentos proibidos às empresas de Trump ao longo de seu mandato, incluindo a estadia de março de 2018 no Trump International Hotel em Washington. O relatório destaca que o ex-presidente Trump se gabava da disposição dos sauditas de fazer negócios em termos altamente favoráveis a ele.
O relatório aponta que o valor total recebido pode ser ainda maior, visto que a cifra de US$ 5,5 milhões se baseia apenas em divulgações da Mazars, a empresa de contabilidade de Trump, e em documentos arquivados no órgão regulador financeiro dos EUA.
E um detalhe curioso é que o hotel de Trump em Washington foi vendido em 2022 para um grupo de investimento e renomeado como o luxuoso Waldorf Astoria.
Essas revelações lançam luz sobre possíveis conflitos de interesse e violações constitucionais durante a Presidência de Donald Trump, e certamente serão objeto de debate e possível investigação nos próximos dias e semanas.