As empresas ligadas a Magro foram alvo de uma operação conduzida pela polícia, que cumpriu mandados de busca e apreensão em seis endereços na capital paulista, em Guarulhos e Arujá, na Grande São Paulo. Entre os alvos da operação estão duas empresas que seriam utilizadas para receber pagamentos dirigidos à Fera Lubrificantes, companhia registrada em nome do pai e do avô de Magro.
De acordo com as investigações, Ricardo Magro estaria utilizando uma complexa estrutura de empresas para sonegar ICMS em São Paulo, além de lavar dinheiro e proteger seu patrimônio de eventual confisco. Das 188 empresas identificadas pela Polícia Civil, 26 estão em nome de Magro, 36 em nome de seu pai e 23 em nome de seu avô.
Segundo a Procuradoria-Geral do Estado, a Refit, empresa de propriedade de Magro, é a maior devedora de impostos de São Paulo, com um total de R$ 8,1 bilhões em débitos. A Fera Lubrificantes, também ligada ao empresário, acumula R$ 117,9 milhões em dívidas tributárias.
Ricardo Magro, que já foi advogado do ex-deputado federal Eduardo Cunha, nega as acusações e afirma que todas as questões serão esclarecidas na Justiça. Atualmente vivendo em Miami, nos Estados Unidos, Magro enfrenta processos por sonegação fiscal enquanto suas empresas estão entre as maiores devedoras do país.
Diante das acusações e da gravidade dos crimes apontados, a justiça segue investigando as atividades das empresas ligadas a Ricardo Magro, em busca de evidências que confirmem as suspeitas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A situação do empresário permanece delicada, com desdobramentos que podem ter sérias consequências tanto do ponto de vista jurídico quanto financeiro.