De acordo com o empresário, mais de 70% dos trabalhadores no Brasil, abrangendo desde funcionários públicos até pensionistas e aposentados, encontram-se atualmente endividados, sendo os empréstimos consignados o principal vilão dessa situação. Tenório não poupou palavras para condenar essa modalidade de crédito, comparando-a a uma “pesca em aquário”, onde os trabalhadores são capturados sem grandes chances de escapar.
A crítica não se limitou à comparação. Tenório enfatizou que esses empréstimos consignados, apesar de se apresentarem como uma solução fácil em momentos de aperto financeiro, acabam por aprisionar o trabalhador em um ciclo vicioso de dívidas. Com taxas de juros que podem se tornar exorbitantes e descontos automáticos direto na folha de pagamento, muitos trabalhadores veem suas finanças pessoais se deteriorarem rapidamente, sem alternativas viáveis para sair dessa armadilha.
O empresário também trouxe à tona a perda de uma antiga segurança financeira dos trabalhadores: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo ele, no passado, o FGTS funcionava como um importante colchão financeiro. Trabalhadores podiam contar com esses recursos ao se aposentarem, serem demitidos ou enfrentarem períodos de desemprego, usando o dinheiro para iniciar novos empreendimentos ou simplesmente para garantir uma sobrevivência digna durante a transição. Hoje, essa realidade parece cada vez mais distante.
A análise de Tenório revela um panorama preocupante para a economia do país e para a estabilidade financeira de milhões de brasileiros. Ao chamar atenção para os altos níveis de endividamento e para as práticas abusivas dos empréstimos consignados, Rafael Tenório não apenas faz um alerta, mas também convoca a sociedade e os governantes a buscarem soluções efetivas para um problema que afeta diretamente o dia a dia e o futuro dos trabalhadores brasileiros.
O vídeo e as declarações de Tenório reforçam a urgência de uma discussão ampla e profunda sobre políticas de crédito mais justas e sustentáveis, que possam oferecer alternativas reais e menos prejudiciais para aqueles que, muitas vezes, são obrigados a recorrer a empréstimos como última saída para equilibrar suas finanças.
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