O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, destacou que os pequenos negócios e as famílias mais pobres serão os mais afetados por esse aumento na Selic. Ele classificou a medida como um retrocesso, que terá efeitos negativos no empreendedorismo, na geração de empregos e na distribuição de renda no país. O momento atual, com expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto acima de 3%, foi ressaltado como inoportuno para tal aumento.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou total indignação com a decisão do Copom, ressaltando que o nível anterior da Selic já era suficiente para controlar a inflação. Além disso, a CNI destacou que a elevação dos juros vai prejudicar a criação de emprego e renda para a população, posicionando o Brasil na contramão de outros países que têm reduzido suas taxas de juros.
Por sua vez, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstrou preocupação com a elevação da Selic, compreendendo a postura responsável do Banco Central diante do cenário fiscal e das pressões inflacionárias. No entanto, a entidade ressaltou que o aumento dos juros impacta negativamente a atividade econômica, principalmente nos setores do comércio e turismo, afetando datas importantes de vendas como a Black Friday e o Natal.
Essas entidades cobraram uma atuação mais efetiva do governo no controle dos gastos públicos e na busca por um equilíbrio fiscal, destacando que a solução de aumentar os juros pode prejudicar o crescimento econômico do país. A falta de um posicionamento claro sobre a flexibilização da meta fiscal foi apontada como um agravante das incertezas no cenário econômico nacional.