Empresária alagoana enfrenta caos no Irã após bombardeios e busca rotas para retornar ao Brasil amid instabilidade na região e fechamento de aeroportos.



A empresária alagoana Kyara Calheiros, proprietária de uma agência de turismo em Maceió, vem enfrentando uma situação delicada desde abril, enquanto se encontra no Irã. Recentemente, ela foi surpreendida por ataques aéreos israelenses que aconteceram nas proximidades de onde está hospedada, em um povoado localizado na região de Mashhad, nordeste do país.

Em relato à imprensa, Kyara descreveu a manhã em que os bombardeios aconteceram: “Estávamos a caminho do supermercado quando pudemos observar uma nuvem de fumaça. Ao perceber isso, o trânsito ficou caótico, com as pessoas tentando sair do local.” A incerteza e o medo têm levado muitos moradores de cidades como Teerã a buscar refúgio em pequenas vilas no interior, onde o clima é mais tranquilo.

Segundo a empresária, o cenário cotidiano na região é de relativa normalidade. Embora a internet esteja instável e a venda de combustível tenha sido limitada a 30 litros por dia, supermercados e lojas continuam abertos, garantindo o abastecimento de produtos essenciais. “As pessoas estão se precavendo e comprando mais alimentos para evitar saídas desnecessárias. No entanto, a vida segue de maneira normal por aqui”, comenta.

A situação de segurança no país é delicada, e as notícias sobre bombardeios são frequentes. O governo local tem orientado a população a evitar áreas de risco, especialmente aquelas próximas a instalações militares. Kyara menciona que, enquanto a situação é crítica, a preocupação econômica dentro da comunidade iraniana é palpável. O aumento do dólar e as sanções já afetam as classes mais vulneráveis, e isso gera apreensão entre os habitantes sobre o futuro econômico do país.

Kyara tem uma passagem de retorno ao Brasil marcada para o dia 26 deste mês, mas a incerteza sobre a reabertura do aeroporto de Teerã a impede de realizar a viagem. Ela conecta-se todos os dias com um grupo de brasileiros que também se encontra no Irã e que considera alternativas de saída pelo território da Turquia ou Azerbaijão. Apesar das opções, a empresária ainda se sente relutante em deixar o local.

Atualmente, suas interações com a Embaixada do Brasil não oferecem uma solução clara. “Ainda não há movimentações concretas ou informações sobre repatriação de brasileiros, ao contrário do que vemos em outros lugares. A situação é complexa e demanda cautela”, finaliza Kyara.

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