Empresa é condenada a indenizar passageira que teve braço amputado em acidente de ônibus na BR-020, em Feira de Santana.

A 1ª Vara dos Feitos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Feira de Santana, no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA), proferiu uma sentença impactante em um caso de acidente de ônibus que resultou em graves consequências para os passageiros. A empresa Kandango Transportes e Turismo Ltda foi condenada a indenizar uma passageira que teve seu braço amputado após o ônibus em que estava tombar na BR-020, causando a morte de cinco pessoas.

A juíza de direito responsável pelo caso, Thaís de Carvalho Kronemberger, determinou que a empresa pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 75 mil, além de R$ 50 mil por danos estéticos e uma pensão mensal vitalícia correspondente a 50% do salário mínimo até que a vítima atinja 65 anos de idade. A filha da vítima, que também sofreu escoriações durante o acidente, receberá uma indenização de R$ 20 mil por danos morais.

No processo judicial, a Kandango alegou que as vítimas eram responsáveis pela situação, pois não estavam sentadas nos assentos originalmente comprados por elas. No entanto, a juíza rejeitou esse argumento, ressaltando que mãe e filha foram realocadas para outras poltronas pelo motorista do ônibus, o qual decidiu superlotar o veículo devido ao embarque de passageiros de outro ônibus com problemas mecânicos.

A magistrada enfatizou que a causa do acidente foi a velocidade excessiva do motorista, indicando que a empresa de transporte falhou em zelar pela segurança dos passageiros. Ela destacou as dificuldades enfrentadas pela vítima que teve o braço amputado, ressaltando os danos físicos, psicológicos e sociais decorrentes da perda do membro.

Uma das advogadas das vítimas, Rebeca Levino, afirmou que irá recorrer da decisão, pois ainda há direitos a serem reconhecidos. Ela criticou a postura da empresa em tentar culpar a vítima pela amputação e ressaltou a importância da sentença para responsabilizar grandes empresas por danos causados aos consumidores.

A coluna buscou o posicionamento da defesa da empresa, mas até o momento não obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações sobre o caso. Este episódio evidencia a importância da justiça no resguardo dos direitos dos consumidores e na responsabilização das empresas por ocorrências graves como essa.

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