Emissário Submarino de Maceió apresenta riscos de colapso, alerta Crea-AL após vistoria técnica; reparos estão previstos para 2025.

Recentes inspeções realizadas no Emissário Submarino de Maceió, situado na Avenida Assis Chateaubriand, levantaram preocupações sérias sobre a integridade estrutural dessa importante obra. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) organizou uma vistoria técnica que ocorreu na última terça-feira, onde especialistas, incluindo engenheiros do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-AL), se reuniram para avaliar os riscos associados à estrutura.

O presidente em exercício do Crea-AL, Roberto Jorge Chaves de Barros, justificou a necessidade da avaliação, tendo em vista a emergência provocada pela deterioração da construção. Ele explicou que as possíveis falhas identificadas geram uma insegurança significativa na construção, levando a entidade a agir de forma proativa e convocar uma equipe técnica para uma análise minuciosa. O resultado dessa vistoria será registrado em um relatório que será direcionado a diversas autoridades, incluindo a Prefeitura de Maceió e a BRK, empresa responsável pela gestão do sistema.

Os engenheiros Marcelo Daniel e Paulo Roberto, do Ibape-AL, também participaram dessa inspeção, levando suas especializações a um problema que, segundo eles, parece ter atingido níveis alarmantes de risco. Daniel destacou que a condição estrutural do emissário é preocupante e enfatizou a iminente necessidade de intervenção. Por sua vez, Agliberto Costa, um dos profissionais que contribuiu com a vistoria, mencionou a deterioração visível dos pilares de sustentação, incluindo furos que aceleram a ação erosiva das águas, e a fragilidade dos guarda-corpos.

O Emissário Submarino, inaugurado em 1989, desempenha um papel vital ao direcionar e dispersar esgoto para longe da costa, utilizando a força do mar para mitigar impactos ambientais. Com 3,6 quilômetros de extensão, a obra, que já enfrenta os efeitos do tempo e das condições ambientais, está programada para passar por reformas planejadas para 2025, segundo informações da BRK. A empresa anunciou que os primeiros estudos sobre seu estado estrutural já foram realizados e que não há risco imediato de colapso, embora haja uma necessidade urgente de reparos. A situação, no entanto, chama a atenção de todos os envolvidos, com a expectativa de que medidas adequadas sejam tomadas rapidamente para garantir a segurança e a funcionalidade desse sistema essencial para a região.

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