A tensão entre os servidores e a direção do IBGE já dura meses e tem se intensificado com o passar do tempo. O sindicato dos servidores tem promovido diversas mobilizações, incluindo paralisações temporárias, em protesto contra o que consideram ser um “autoritarismo” por parte da gestão de Pochmann. Eles reivindicam mais diálogo e transparência por parte da direção do instituto, especialmente em relação a medidas como a alteração no estatuto do IBGE, mudanças nos locais de trabalho dos funcionários e a extinção do trabalho remoto.
Um dos pontos centrais da briga está relacionado à Fundação IBGE+, uma entidade de direito privado criada recentemente no Rio de Janeiro, que pode captar recursos para financiar as pesquisas do instituto. Os servidores alegam que houve falta de comunicação sobre essa criação e expressam preocupação sobre o papel que essa fundação paralela desempenhará no âmbito do IBGE.
A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) também se manifestou sobre o assunto, pedindo a intervenção urgente do Congresso Nacional para proteger a autonomia técnico-científica do IBGE, que estaria em risco devido à criação da Fundação IBGE+.
A notificação enviada ao AssIBGE pelo presidente do IBGE estabelece um prazo de 15 dias para que a sigla seja retirada do nome fantasia do sindicato. O sindicato considerou a medida “retaliatória” e destacou que a notificação não foi assinada por Pochmann, mas sim pelo procurador-chefe do IBGE.
O sindicato defendeu o uso da sigla do IBGE em entidades associativas de servidores, citando uma prática enraizada desde 1947, com a criação do Clube dos IBGEanos. Além disso, a entidade afirmou que tomará medidas legais para defender sua marca registrada e a memória de lutas dos trabalhadores ao longo de décadas. A situação continua em aberto e promete novos capítulos nessa batalha entre servidores e a direção do IBGE.









