Entretanto, é importante ressaltar que o texto aprovado tem caráter recomendativo, o que significa que não há nenhuma obrigatoriedade de seguir as medidas acordadas. Mesmo assim, o embaixador Gilad Erdan não poupou palavras para expressar sua indignação.
O embaixador israelense condenou a resolução aprovada devido à ausência de críticas ao Hamas e à suposta privação do direito de defesa de Israel durante o conflito. A resolução foi aprovada por 120 votos a favor, 14 votos contra e 45 abstenções.
Para Erdan, a resolução é “ridícula” e tem como objetivo principal pedir um cessar-fogo para permitir que o Hamas possa atacar Israel sem qualquer restrição. Ele afirmou que a maioria da comunidade internacional demonstrou apoio à defesa dos terroristas nazistas, em vez de apoiar o direito de autodefesa de Israel.
A discussão que culminou na resolução para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza foi levada à Assembleia Geral pelos países árabes, após uma série de impasses na votação de documentos apresentados no Conselho de Segurança. Vale ressaltar que o Conselho de Segurança é o único órgão da ONU que possui o poder de propor medidas obrigatórias.
Gilad Erdan não poupou críticas à ONU, alegando que a organização perdeu sua legitimidade e relevância ao demonstrar apoio a atitudes que resultam em atrocidades. Ele argumenta que a ONU foi fundada no contexto do Holocausto para prevenir a ocorrência de tais atrocidades, mas o que tem sido observado é exatamente o oposto.
Apesar da controvérsia em relação à resolução aprovada, é fundamental compreender que as nações têm o direito de expressar suas opiniões e tomar as decisões que considerem mais apropriadas em busca de uma solução para o conflito em Gaza.