Nas palavras do vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, Moraes teria colocado o STF em uma posição de descrédito, falando sobre a “vergonha” que tal decisão poderia trazer à Corte brasileira. O texto também ressaltou que o ministro foi alvo de sanções por parte das autoridades norte-americanas, tornando ainda mais crítica a visão dos EUA sobre o andamento da justiça brasileira.
De acordo com a declaração da Embaixada, a prisão preventiva de Bolsonaro foi classificada como “provocativa” e “desnecessária”. A avaliação foi de que tal ato poderia comprometer a estabilidade política do Brasil, sendo considerado um ataque ao Estado de Direito. É importante ressaltar que Moraes justificou sua decisão com base em indícios de um potencial fuga de Bolsonaro, que supostamente havia violado as condições de sua prisão domiciliar ao usar um aparelho de solda para manipular a tornozeleira eletrônica. Essa infração foi registrada em um alerta disparado pela tornozeleira, o que levou à ação das autoridades.
Após a prisão, Bolsonaro alegou que sua intenção era pura “curiosidade”, um argumento que não foi bem recebido pela opinião pública e que intensificou as críticas. Em meio a esse contexto turbulento, o ex-presidente recebeu um breve comentário do ex-presidente Donald Trump, que lamentou a situação ao afirmar que “é uma pena” e que acreditava que Bolsonaro ainda estava sob vigilância estrita.
Esse embrolho entre medidas judiciais, declarações de autoridade e os desdobramentos políticos trazem à tona um debate mais amplo sobre a relação entre o Judiciário e o Executivo, especialmente em momentos de tensão política como o atual. O desfecho dessa situação poderá ter implicações significativas não apenas para Bolsonaro, mas para a política brasileira como um todo. A comunidade internacional observa atentamente os próximos capítulos dessa história, que pode redefinir as diretrizes do Estado democrático de direito no Brasil.
