O chefe de operações da 5ª Delegacia Regional de Polícia, Diogo Martins, informou que um vigia percebeu o ocorrido após ouvir os tiros e verificar onde os projéteis se alojaram. A polícia já está analisando as imagens de câmeras de segurança para identificar os autores e compreender as motivações do crime. Até o momento, foi descartada a ligação do ataque com a disputa pela demarcação de terras indígenas.
As atividades escolares foram mantidas normalmente na segunda-feira (10), conforme anunciou a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) condenou veementemente o ataque, classificando-o como “ato covarde” e ressaltando o desrespeito à população Xukuru-Kariri. Segundo o sindicato, o incidente reflete um clima de intimidação enfrentado pela comunidade devido à resistência de certos grupos à homologação de suas terras.
A Seduc também emitiu nota de repúdio, destacando que a comunidade enxerga o ataque como uma tentativa de intimidação em meio ao processo de regulamentação territorial. O gestor da escola registrou um boletim de ocorrência, e a secretaria segue acompanhando o caso em articulação com autoridades competentes.
Além disso, a 3ª Gerência Especial de Educação foi mobilizada para oferecer apoio pedagógico e emocional à equipe escolar e aos alunos. “Reiteramos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar de todos, em defesa da vida, da educação e da paz”, concluiu a Seduc.
