EM INVESTIGAÇÃO – Desembargador associa suposta ameaça ao processo da Massa Falida da Laginha



O desembargador Carlos Cavalcanti, relator do processo de falência da Laginha no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), trouxe à tona uma preocupante revelação nesta terça-feira (28/5). Ele afirmou que seu veículo foi interceptado na véspera de um importante julgamento do caso em abril. Cavalcanti expressou sua esperança de que a sociedade esteja ciente do incidente e destacou sua decisão de não portar armas.

“É essencial que a sociedade esteja informada. Meu carro particular, comigo e minha esposa a bordo, foi interceptado como se fosse uma viatura policial. No dia 28 do mês passado, cerca de 19h30, na Rua do Palato, colegas desembargadores. Uma caminhonete preta Limited. Eu tinha uma audiência relacionada à massa falida [da Laginha] no dia seguinte. Pode ser uma coincidência. Mas agora a sociedade está ciente deste episódio”, afirmou Cavalcanti, referindo-se a uma rua em Maceió.

A alta cúpula do tribunal foi informada do incidente, e a Polícia Civil do estado está conduzindo uma investigação.No início do mês, o relator observou que pelo menos 13 dos 17 desembargadores do TJAL se declararam impedidos de julgar o processo falimentar da Laginha, ex-conglomerado de usinas de açúcar e etanol em Alagoas. Em decorrência disso, Cavalcanti solicitou que o caso fosse encaminhado ao STF, uma solicitação que foi negada nesta terça-feira (28/5).

O magistrado enfatizou que não tinha a intenção de expor seus colegas. “Não é minha prática profissional, não tenho inclinação doméstica nesse sentido. Não tenho nenhum conflito pessoal ou profissional na condução deste processo.”“Sou juiz desde os 23 anos, e nunca ocorreu algo assim na minha trajetória. Nunca. Não porto armas, e nunca o farei, mas aqui neste tribunal está documentado o que aconteceu”, acrescentou o desembargador Carlos Cavalcanti.

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