Durante sua fala, Sánchez se referiu indiretamente a Musk como o “homem mais rico do planeta” e afirmou que ele incita o ódio e promove ataques diretos às estruturas democráticas. O primeiro-ministro destacou que Musk, em suas ações e declarações, está alinhado a um movimento que não apenas desafia a ordem democrática, mas também faz apelos a favor dos “herdeiros do nazismo”, especificamente em relação às próximas eleições na Alemanha. A afirmação de Sánchez ressalta a crescente preocupação com o discurso de ódio e as tendências autoritárias que permeiam a política global.
Além disso, o primeiro-ministro lembrou que em 1975, em um contexto de incerteza política, a sociedade espanhola optou pela liberdade e pela democracia, superando os resquícios da ditadura franquista. Ele enfatizou que o país se construiu sobre esses valores ao longo das últimas cinco décadas, resultando em uma das democracias mais sólidas do mundo. O discurso foi proferido durante a cerimônia de inauguração da exposição “Espanha em Liberdade” no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri.
Sánchez também comentou sobre a influência que figuras como Musk podem ter na política contemporânea, especialmente em um momento em que diversos líderes europeus enfrentam desafios de extrema direita e populismo. Ao condenar essas tendências, o primeiro-ministro reafirmou seu compromisso com a defesa da democracia e a promoção dos direitos humanos, convocando a sociedade a celebrar a trajetória democrática da Espanha e a resistir a quaisquer tentativas de retrocesso político.
Em um momento em que o debate político global é cada vez mais acirrado, as declarações de Sánchez ecoam um sentimento de alerta sobre os riscos que discursos de ódio e movimentos autoritários representam para a democracia, tanto na Espanha quanto no resto da Europa.