O TSE tomou essa decisão com base na condenação de Padre Eraldo em segunda instância por captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico, o que resultou em sua inelegibilidade. A candidatura de Eraldo foi contestada pela coligação ‘Juntos Somos Mais Fortes’, liderada por Ziane Costa (MDB), atual prefeita e concorrente à reeleição. Com a retirada de outro postulante ao cargo, Cazuza (PDT), devido à falta de recursos financeiros para a campanha, Ziane Costa poderá entrar na disputa sem adversários, a menos que a Federação Brasil da Esperança apresente um novo candidato até a data limite de 16 de setembro.
Além de Delmiro Gouveia, a cidade de Satuba também enfrenta uma situação semelhante. Paulo Roberto Batista do Nascimento, conhecido como Paulinho e filiado ao PSB, retirou sua candidatura citando motivos pessoais. Isso deixa o atual prefeito, Júnior Tuté (PP), livre para concorrer sem oposição, repetindo o cenário de 2020, quando foi eleito com 60% dos votos.
Outros municípios que seguem essa tendência são Branquinha, Cacimbinhas, Jaramataia e Mar Vermelho. Em Branquinha, o prefeito Neno Freitas (MDB) busca a reeleição com o apoio de uma coligação que inclui o PSB e a Federação Brasil da Esperança. Em Cacimbinhas, o ex-vice-prefeito Vaval Wanderley (MDB) é o único candidato registrado. Jaramataia verá o prefeito Ricardo Paranhos (MDB) tentando a reeleição sem concorrentes. Por fim, em Mar Vermelho, o empresário e atual prefeito André Almeida (MDB) também concorre sem adversários.
O fenômeno de candidaturas únicas pode ser interpretado de várias formas, incluindo a consolidação do poder local por candidatos já estabelecidos ou a falta de recursos e organização para que novos nomes emergam no cenário político desses municípios. O desfecho dessas disputas será um reflexo importante da dinâmica eleitoral em Alagoas e pode influenciar as futuras estratégias políticas no estado.