Mesmo com pesquisas eleitorais para todos os gostos e interpretações, os nomes de Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) permanecem, até o momento, como os mais bem avaliados na disputa pelo Senado em Alagoas. Ambos lideram os levantamentos internos e especulativos, embora figuras como Alfredo Gaspar (União Brasil) e Davi Davino Filho (Republicanos) também apareçam em cenários de intenção de voto, mesmo sem uma confirmação oficial de candidatura por parte dos dois últimos.
Renan e Lira, tradicionais adversários e protagonistas da política alagoana, só manterão a dianteira nas projeções eleitorais se conseguirem costurar uma aliança sólida, ainda que informal. A falta de unidade entre os dois poderia abrir espaço para candidaturas alternativas e alterar significativamente o quadro eleitoral tanto na capital quanto no interior.
Enquanto isso, Arthur Lira segue em ritmo de campanha antecipada e já articula a sucessão ao seu mandato na Câmara dos Deputados. Seu filho, Álvaro Lira — conhecido como Alvinho —, intensificou agendas políticas no interior do estado, sinalizando que pretende disputar uma vaga na Câmara em 2026.
Com o nome de Renan Filho praticamente consolidado como candidato ao governo do estado, o MDB agora volta suas atenções à escolha de um nome para compor a chapa como vice. A decisão deverá passar por articulação direta com o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, figura central nas negociações políticas locais.
Outra preocupação no horizonte é a possível manutenção do veto presidencial ao aumento do número de deputados federais por estado. A decisão, que deve ser analisada pelo Congresso no retorno dos trabalhos legislativos, impactará diretamente a composição da bancada alagoana. Caso o veto seja mantido, caberá à Assembleia Legislativa rever sua estratégia para as eleições de 2026.