Eleições presidenciais do México em 2024 terão duas mulheres na disputa histórica pelo cargo máximo do país.



Nas próximas eleições presidenciais no México, que ocorrerão em 2024, o país vivenciará um momento histórico: pela primeira vez em sua história, duas mulheres disputarão a Presidência. Claudia Sheinbaum, prefeita da Cidade do México, foi oficializada como candidata governista nesta quarta-feira, e enfrentará Xóchitl Gálvez, opositora, nas urnas.

Claudia Sheinbaum, uma física de 61 anos, foi a candidata mais votada em um processo de pesquisas interno do partido Morena, liderado pelo atual presidente Andrés Manuel López Obrador. No entanto, o segundo colocado, Marcelo Ebrard, ex-chanceler do país, questionou a lisura do processo eleitoral, alegando irregularidades.

Apesar das controvérsias, Sheinbaum conquistou a indicação do partido e agora se prepara para enfrentar Gálvez nas eleições. A empresária e senadora de 60 anos foi oficializada como a candidata de uma coalizão de partidos de oposição no último domingo.

O fato de duas mulheres protagonizarem a disputa presidencial é marcante em um país como o México, que enfrenta altos índices de violência relacionada ao tráfico de drogas, feminicídios e uma cultura machista arraigada. De acordo com dados oficiais, em média, dez mulheres são assassinadas diariamente no país.

O confronto entre Sheinbaum e Gálvez promete ser um embate de origens, personalidades e estilos diferentes. Sheinbaum, neta de imigrantes judeus da Bulgária e Lituânia, possui um perfil mais reservado e é considerada “sem carisma” pelos seus oponentes. Ela se declara como “filha do 68”, em referência ao movimento estudantil que ocorreu no México na década de 1960.

Por outro lado, Gálvez é proveniente da burguesia intelectual da capital e possui origem indígena. Ela promete lutar pelos direitos das comunidades indígenas e das mulheres, e já reforçou que não tolerará corrupção em seu governo.

Com a ausência de um terceiro candidato no horizonte, espera-se que a disputa entre Sheinbaum e Gálvez seja acirrada. No entanto, Gálvez desafiou Sheinbaum a fazer campanha sem o apoio do atual presidente López Obrador, a quem se atribui o favoritismo da ex-prefeita.

Independentemente do resultado das eleições, a presença de duas mulheres na disputa presidencial do México já é um marco na história do país. Resta aguardar para acompanhar o desenrolar desta eleição histórica e entender os impactos que ela poderá ter na sociedade mexicana.

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