Eleições nos EUA: Entenda as peculiaridades do voto por correio e o papel dos delegados na escolha do próximo presidente americano



À medida que a data das eleições presidenciais nos Estados Unidos se aproxima, o ambiente político se acirra entre os principais candidatos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Nesta contenda, o resultado das urnas pode não ser conhecido imediatamente, levando em conta que a apuração de votos pode se estender por semanas devido às particularidades do sistema eleitoral americano, que difere consideravelmente do modelo brasileiro.

Nos EUA, a escolha do presidente não é feita por meio de um simples voto popular, mas sim através do Colégio Eleitoral, composto por 538 delegados. Para ser eleito, um candidato precisa conquistar pelo menos 270 votos desses delegados. Cada estado tem um número diferente de delegados, que varia conforme a população local, possibilitando a representação proporcional no Congresso. O sistema brasileiro, por outro lado, utiliza a tecnologia do voto eletrônico, o que resulta em uma contagem e’annonce rápida.

Outro aspecto fascinante do sistema eleitoral americano são os “swing states”, ou estados-pêndulos, onde o resultado pode passar de um partido para outro em diferentes eleições. Esses estados têm um papel crucial no processo eleitoral, frequentemente decidindo o vencedor de uma eleição.

A data das eleições também possui uma origem interessante. Estabelecida em 1845, é marcada para a primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro, uma escolha pragmática que levava em conta a colheita no outono e as dificuldades de deslocamento no inverno, quando o país ainda era majoritariamente agrícola. Hoje, a votação pode ser facilitada pelo voto por correspondência, permitindo que eleitores que não podem ir às urnas em seus estados, por motivos diversos, como serviço militar ou viagens, expressem sua escolha antecipadamente.

Além disso, é importante notar que, apesar de o sistema político dos EUA ser majoritariamente bipartidário, existem diversas legendas menores conhecidas como “terceiros partidos”. Estas organizações, como o Partido Verde e os Libertários, enfrentam grandes dificuldades para ganhar visibilidade e influência, uma vez que a mecânica eleitoral favorece, predominantemente, os partidos Democrata e Republicano.

Essas complexidades e nuances fazem do processo eleitoral americano um campo fértil para discussão, estudo e curiosidade, com suas regras e tradições únicas que moldam a política do país. A análise e compreensão desses elementos se tornam ainda mais relevantes em um momento em que a democracia americana está sob o olhar atento do mundo, esperando para ver como esses fatores se desenrolarão nas próximas eleições.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo