Na França, o Reagrupamento Nacional, liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, conquistou 31,5% dos votos, quase o dobro da coalizão liderada por Emmanuel Macron. O presidente francês surpreendeu ao anunciar a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições legislativas, demonstrando que os resultados das eleições europeias tiveram um impacto direto na política doméstica.
Na Alemanha, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo lugar nas urnas, com 16% dos votos, enquanto os conservadores lideraram com 30,3%. Há um cenário de domínio da extrema direita no Leste alemão, com o AfD liderando as intenções de voto para as eleições estaduais. Na Áustria, o Partido da Liberdade também teve um bom desempenho, conquistando 27% dos votos e dobrando sua presença no Parlamento Europeu.
Na Itália, Giorgia Meloni viu o Irmãos da Itália ficar em primeiro lugar, com até 30% dos votos, enquanto na Espanha, o Vox dobrou sua votação em relação a 2019. Apesar dos avanços da extrema direita, ainda não há sinais de uma coalizão ampla e poderosa entre esses partidos.
Os resultados das eleições europeias impactaram a composição do Parlamento Europeu, com a coalizão de centro-direita, centro-esquerda e centro reduzindo sua maioria de 417 para cerca de 398 cadeiras. A escolha do presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ganha mais relevância diante desse novo cenário político.
Von der Leyen comemorou a vitória do grupo Partido Popular da Europa, mas sabe que manter-se no posto será mais desafiador. A possibilidade de diálogo com a extrema direita e outros grupos políticos se torna uma necessidade, apesar dos desafios e riscos envolvidos nessa aproximação. A Europa enfrenta um novo cenário político após essas eleições, com a ascensão da extrema direita e a necessidade de encontrar caminhos para garantir a estabilidade e o avanço do bloco.