Eleições no Parlamento Europeu confirmam guinada à direita; Macron convoca eleições legislativas após vitória da extrema direita na França



Após quatro dias de votações em 27 países europeus, com mais de 350 milhões de eleitores aptos, os resultados das eleições para o Parlamento Europeu confirmaram uma guinada à direita no continente. A extrema direita obteve vitórias expressivas em países como França, Alemanha, Áustria e Itália, mostrando um crescimento significativo nesse campo político.

Na França, o Reagrupamento Nacional, liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, conquistou 31,5% dos votos, quase o dobro da coalizão liderada por Emmanuel Macron. O presidente francês surpreendeu ao anunciar a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições legislativas, demonstrando que os resultados das eleições europeias tiveram um impacto direto na política doméstica.

Na Alemanha, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou em segundo lugar nas urnas, com 16% dos votos, enquanto os conservadores lideraram com 30,3%. Há um cenário de domínio da extrema direita no Leste alemão, com o AfD liderando as intenções de voto para as eleições estaduais. Na Áustria, o Partido da Liberdade também teve um bom desempenho, conquistando 27% dos votos e dobrando sua presença no Parlamento Europeu.

Na Itália, Giorgia Meloni viu o Irmãos da Itália ficar em primeiro lugar, com até 30% dos votos, enquanto na Espanha, o Vox dobrou sua votação em relação a 2019. Apesar dos avanços da extrema direita, ainda não há sinais de uma coalizão ampla e poderosa entre esses partidos.

Os resultados das eleições europeias impactaram a composição do Parlamento Europeu, com a coalizão de centro-direita, centro-esquerda e centro reduzindo sua maioria de 417 para cerca de 398 cadeiras. A escolha do presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ganha mais relevância diante desse novo cenário político.

Von der Leyen comemorou a vitória do grupo Partido Popular da Europa, mas sabe que manter-se no posto será mais desafiador. A possibilidade de diálogo com a extrema direita e outros grupos políticos se torna uma necessidade, apesar dos desafios e riscos envolvidos nessa aproximação. A Europa enfrenta um novo cenário político após essas eleições, com a ascensão da extrema direita e a necessidade de encontrar caminhos para garantir a estabilidade e o avanço do bloco.

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