Eleições no Equador em meio à violência e apagões: equatorianos escolhem presidente em cenário de crise.

Neste domingo, 11 milhões de equatorianos se preparam para escolher o próximo presidente do país e os 151 parlamentares da Assembleia Nacional para o período de 2025 a 2029. O cenário eleitoral acontece em meio a uma onda de violência, apagões e dificuldades econômicas que assolam a população equatoriana.

O atual presidente, Daniel Noboa, enfrenta uma intensa disputa com 15 candidatos, dentre os quais Luisa González, da Revolução Cidadã, partido liderado pelo ex-presidente Rafael Correa. As pesquisas eleitorais demonstram resultados contraditórios, algumas apontam a vitória de Noboa, enquanto outras indicam que González está à frente no primeiro turno.

O megaempresário Noboa, herdeiro de uma família proprietária da holding Nobis, é descrito como próximo aos governos dos Estados Unidos, Argentina e El Salvador. Por outro lado, o partido Revolução Cidadã, de Correa, relançou González como sua candidata presidencial, visando medidas para reativar a economia e diminuir a dependência da exportação do petróleo.

A violência têm sido um tema central nessas eleições, com o aumento alarmante de homicídios no país nos últimos cinco anos, tornando o Equador um dos países mais violentos da América Latina. Esse contexto tem influenciado a decisão dos eleitores, que avaliam como os candidatos se posicionam em relação à segurança.

Além disso, desde 2021, o Equador enfrenta rebeliões, motins e guerras entre facções do crime organizado, levando o presidente Noboa a declarar o país em conflito armado interno e ampliar os poderes dos militares na segurança pública. Essas medidas geraram críticas quanto aos abusos de poder e violações dos direitos humanos, especialmente entre a população mais vulnerável.

Portanto, a eleição no Equador deste domingo é marcada por um cenário desafiador, onde os eleitores enfrentam a difícil decisão de escolher um líder capaz de lidar com a crise econômica, a violência crescente e os desafios do país. A população aguarda ansiosa pelos resultados das urnas, que definirão os rumos políticos e sociais do Equador nos próximos quatro anos.

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