O contexto da Moldávia é complexo, marcado por uma população doméstica de cerca de 3 milhões de habitantes, enquanto o número de moldavos vivendo fora do país ultrapassa 1 milhão. A polarização torna-se evidente, especialmente em relação à influência da Rússia e as aspirações de adesão à UE. Entre as regiões de forte inclinação pró-russa estão a Transnístria, que declarou independência em 1992, e a Gagaúzia, ao sul, cuja proximidade com a Ucrânia acentua as tensões. A Moldávia enfrenta desafios significativos na busca pela adesão à UE, como um dos piores índices de desenvolvimento humano na Europa e a necessidade de reformas sociais e jurídicas substanciais.
Apesar do apoio substantivo da diáspora, a população moldava enfrenta dilemas em sua trajetória política e econômica. O referendo recente sobre a adesão à UE, embora tenha demonstrado maioria a favor, foi marcado por uma margem apertada, revelando um eleitorado que não é unânime na questão. O clamor popular por mudanças e a frustração em relação a políticos considerados pró-Europa também influenciam o cenário político.
Enquanto Maia Sandu promete esforços para a adesão à UE até 2030, a dependência da Moldávia em relação ao gás russo continua a ser um entrave, complicando ainda mais a meta nacional. O cenário moldavo se desenha como um jogo de equilíbrio entre as influências ocidentais e a proximidade com a Rússia, com possibilidades de novos investimentos, como a crescente presença da China no país, que poderia revitalizar a economia baseada em cereais e a indústria têxtil. Em suma, a Moldávia navega em um mar de complexidades em sua jornada rumo à integração europeia.
 
 








