A cada eleição, os eleitores se veem diante de uma espécie de jogo, onde promessas mirabolantes são feitas pelos candidatos, como se estivessem competindo por um prêmio de melhor enredo de Carnaval. A falta de comprometimento e responsabilidade na escolha dos candidatos contrasta com a realidade cotidiana dos problemas enfrentados pelos municípios, como a falta de infraestrutura, a precariedade dos serviços públicos e o descaso com a gestão administrativa.
Os eleitores muitas vezes se deixam levar por candidatos “diferentões”, sem avaliar de forma crítica as propostas e competências dos postulantes aos cargos de prefeito e vereador. Celebridades instantâneas, figuras midiáticas e indivíduos sem experiência na política acabam sendo eleitos, o que contribui para a perpetuação dos problemas e a falta de efetividade na gestão municipal.
No rescaldo pós-eleição, os eleitores se deparam com a realidade e as consequências de suas escolhas, percebendo que o voto dado de forma irresponsável pode impactar diretamente na qualidade de vida da comunidade. A falta de fiscalização sobre a atuação dos representantes municipais e a negligência na cobrança por resultados efetivos contribuem para a manutenção do ciclo de ineficiência na gestão pública.
Portanto, é fundamental que os eleitores assumam uma postura crítica e responsável diante do processo eleitoral, buscando informações sobre os candidatos, analisando suas propostas e avaliando suas competências para ocupar os cargos públicos. Somente assim será possível garantir uma gestão municipal comprometida com as reais necessidades da população e capaz de promover o desenvolvimento e o bem-estar de todos os cidadãos.
