Por outro lado, Bolsonaro se poupou das eleições municipais por estar inelegível até 2030 e enfrentar processos judiciais que podem resultar em condenação. Sem um partido próprio, o presidente abrigou-se no PL, de Valdemar Costa Neto, e não se destacou nas principais disputas políticas, como em São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto Lula apoiou candidatos vitoriosos, como Guilherme Boulos e Eduardo Paes, Bolsonaro viu seus apoiados sucumbirem diante de representantes de outras siglas.
Em Belo Horizonte e Goiânia, os bolsonaristas foram derrotados por candidatos de outros partidos, mostrando a fragilidade da base política do presidente. A expectativa agora está voltada para Fortaleza, onde André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) estão empatados nas pesquisas, com 21% de indecisos. Enquanto Lula apoia Leitão, Bolsonaro manteve distância de Fernandes, temendo que sua presença pudesse afastar potenciais eleitores.
O cenário político nas eleições municipais de 2024 revela um afastamento das antigas polarizações e estratégias dos principais líderes do país. Enquanto Lula busca manter sua base eleitoral e influência partidária, Bolsonaro enfrenta desafios para consolidar seu apoio e se preparar para as próximas disputas eleitorais. A política brasileira segue em constante transformação, com novas forças emergindo e redesenhando o tabuleiro político nacional.