Entre os senadores titulares que decidiram se lançar na disputa municipal, estão Carlos Viana (MG), licenciado do Senado, que concorre ao cargo de prefeito de Belo Horizonte; Eduardo Girão (Novo-CE), cujo objetivo é a prefeitura de Fortaleza; Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que tenta se eleger vice-prefeito de Maceió; e Vanderlan Cardoso (PSD-GO), na corrida pelo comando de Goiânia. Todos esses candidatos deverão renunciar aos seus mandatos de senadores caso sejam eleitos, uma vez que é necessário assumir integralmente os novos cargos executivos.
No grupo dos suplentes, seis candidatos disputam prefeituras enquanto dez estão focados em cadeiras nas câmaras municipais. Essa movimentação política indica uma tendência de migração de atuação, com políticos do Legislativo buscando protagonismo no Executivo local, o que pode gerar um impacto significativo na composição atual do Senado, dependendo dos resultados das urnas.
As candidaturas dos senadores a cargos municipais refletem, em parte, uma estratégia para manter ou ampliar sua influência política. Além de enriquecer o debate local com suas experiências no Senado, essa transição para o executivo municipal pode ser vista como uma tentativa de estar mais próximo das demandas populares, gerando um contato mais direto com o eleitorado.
Um dos exemplos que reflete essa tentativa de proximidade é a candidatura de Carlos Viana, que pode retornar ao cenário político de Belo Horizonte com a perspectiva de trazer um olhar diferenciado para as necessidades da capital mineira. Já Eduardo Girão, com sua trajetória vinculada ao Novo, parece buscar uma renovação no cenário político de Fortaleza, trazendo consigo os valores de seu partido.
Rodrigo Cunha, que almeja a vice-prefeitura de Maceió, oferece uma perspectiva colaborativa para melhorar a gestão local, enquanto Vanderlan Cardoso visa consolidar sua carreira política ao assumir a prefeitura de Goiânia, trazendo experiências acumuladas no Senado para a administração municipal.
Essas candidaturas diversificadas, tanto de titulares quanto de suplentes, vão além de meras tentativas de ascensão política. Elas representam uma ponte entre o Legislativo e o Executivo, com o potencial de realinhar o cenário político local e impactar a dinâmica do Senado Federal nos próximos anos.
