Um aspecto que também merece destaque é o recorde de pessoas trans eleitas, totalizando 39 candidatos vitoriosos, um aumento de nove em comparação com as últimas eleições municipais. Um exemplo marcante é a vereadora Amanda Paschoal (PSol), que conquistou a quinta colocação nas votações para a Câmara Municipal de São Paulo.
Em municípios como Alpinópolis (MG) e Santa Bárbara do Tegúrio (MG), prefeitos gays foram eleitos, assim como em Bonito (BA), onde um homem cis assexual assumirá o cargo de prefeito.
O estudo realizado pela ONG VoteLGBT, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou que as candidaturas eleitas estão distribuídas em 190 municípios de 22 estados brasileiros. Nas capitais, 28 pessoas LGBTI+ foram eleitas, sendo 22 mulheres, das quais 17 são negras.
Partidos como PT, PSD e PSol se destacaram com o maior número de candidaturas LGBTI+ eleitas, totalizando 61, 26 e 18 representantes, respectivamente. Para Gui Mohallem, membro da direção do VoteLGBT, o aumento significativo no número de pessoas LGBT+ eleitas reflete o fortalecimento da diversidade e representatividade política no país.
Ao dobrar o número de candidatos LGBT+ eleitos em comparação com as eleições anteriores, observa-se um avanço no cenário político brasileiro, com mulheres negras LGBT+ conquistando espaços de liderança, principalmente em partidos de esquerda. Esse resultado é reflexo da luta constante por uma sociedade mais inclusiva e igualitária.