Emanoelton Borges, CEO da Alfa Inteligência, sublinha que “campanhas estagnadas correm o risco de perder eleitores indecisos na reta final”. Ele destaca que o destino das eleições pode estar nas mãos desses eleitores ainda não definidos, com a diferença entre vitória e derrota passando por eles.
A pesquisa também traz à tona uma problemática alarmante: 63% dos brasileiros manifestam desinteresse pelas eleições. Este alto índice de desapego eleitoral é preocupante, considerando a significativa porção do eleitorado que ele representa. Isso levanta uma questão crucial para os candidatos: como atrair a atenção deste grupo e garantir votos nas urnas?
Emanoelton ressalta a necessidade de campanhas criativas e frequentes para supera a barreira da desatenção eleitoral. “É vital compreender as nuances do que motiva os eleitores a votar. Não há uma fórmula mágica, mas estratégias bem executadas podem fazer a diferença”, afirma.
Os dados indicam que os eleitores se tornaram mais exigentes e céticos quanto às promessas dos candidatos. As pessoas buscam soluções viáveis para problemas locais como saúde, educação, emprego e turismo. O segredo, segundo Emanoelton, é garantir que as propostas sejam críveis e realistas. “Prometer o mundo sem uma base sólida de credibilidade não surtirá efeito”, observa.
Outro ponto relevante do estudo é a taxa de aprovação do atual prefeito, que se mostra um indicador vital para estas eleições. Prefeitos com 50% de aprovação têm a possibilidade de influenciar, mas não garantem automaticamente a eleição de seus indicados. A conversão de aprovação em intenção de voto é um dado crucial. Prefeitos com 70% de aprovação e uma taxa de conversão de 80% poderiam impulsionar seus candidatos a cerca de 56% das intenções de voto.
Com o primeiro turno se aproximando, é essencial que os candidatos recorram a pesquisas de opinião de qualidade para ajustar suas estratégias e se conectar melhor com a população. “Elas são ferramentas primordiais para medir a temperatura da campanha e entender o que realmente importa para o eleitor”, finaliza Emanoelton Borges. Estar atento a essas variáveis pode delinear a linha tênue entre vitória e derrota nas eleições municipais deste ano.