A peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que ele é descentralizado e indireto. Os votos não são concedidos diretamente para os candidatos, mas sim para os representantes dos partidos, conhecidos como delegados. Cada estado possui um número específico de delegados, de acordo com o tamanho de sua população. O vencedor da eleição presidencial precisa conquistar, no mínimo, 270 delegados.
Com um sistema determinado pelo “winner takes all” (o vencedor leva tudo), o candidato que obtiver a maioria dos votos em um estado específico leva todos os delegados desse estado. Portanto, a distribuição de delegados não é proporcional, favorecendo o vencedor mesmo que a diferença seja mínima.
Uma curiosidade é que Maine e Nebraska são os únicos estados que não concedem todos os delegados a um único candidato com base no voto majoritário.
Enquanto alguns estados possuem uma tendência histórica de votar majoritariamente em um partido específico, como republicano ou democrata, outros sete estados costumam oscilar seus votos dependendo do ano. Dentre esses estados oscilantes estão Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.
Atualmente, as pesquisas apontam um cenário de empate na Pensilvânia, enquanto Carolina do Norte, Nevada, Geórgia e Arizona parecem estar pendendo a favor de Trump. Por outro lado, Kamala Harris demonstra uma leve vantagem em Michigan e Wisconsin, mostrando como a disputa eleitoral nos Estados Unidos está longe de ser previsível. A contagem dos votos nos swing states será decisiva para determinar o próximo presidente do país.