Eleição presidencial argentina define futuro da Casa Rosada; segundo turno pode ocorrer em 19 de novembro

A Argentina está prestes a escolher o próximo presidente do país neste domingo e os resultados eleitorais podem indicar quem ocupará a Casa Rosada. Ao contrário do Brasil, onde é necessário ter uma maioria absoluta de mais de 50% dos votos para vencer diretamente, na Argentina a vitória pode ser alcançada com uma porcentagem menor. Conforme estabelecido pela Constituição argentina, um candidato pode vencer no primeiro turno se conseguir obter 45% dos votos válidos ou se obtiver pelo menos 40% e tiver uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Caso contrário, haverá um segundo turno entre os dois principais candidatos.

A prática do segundo turno foi introduzida na Argentina em 1972, durante o governo do general Alejandro Agustín Lanusse. Desde o retorno da democracia em 1983, apenas duas eleições tiveram um segundo turno: uma em 2003, entre Néstor Kirchner e Carlos Menem, e outra em 2015, entre Mauricio Macri e Daniel Scioli. A eleição de 2003 não chegou a ocorrer de fato, pois Menem desistiu antes dela acontecer, enquanto Macri saiu vitorioso da disputa em 2015 com 51,34% dos votos.

A data para o segundo turno já está previamente estabelecida no calendário eleitoral argentino. Se houver necessidade de um segundo turno, ele ocorrerá no dia 19 de novembro, um domingo. Antes disso, no dia 12, os candidatos classificados para o segundo turno participarão de um debate presidencial na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires.

As eleições gerais na Argentina abrangem não só a escolha do presidente, mas também a definição de boa parte dos membros do Poder Legislativo Nacional. Serão renovadas 130 cadeiras de Deputados e um terço do Senado, o que representa 24 membros. O Senado é renovado a cada dois anos e seus parlamentares possuem mandato de seis anos. Além disso, algumas províncias e a Cidade Autônoma de Buenos Aires realizarão eleições locais para governador, parlamentares locais e autoridades municipais ao mesmo tempo das eleições nacionais. Também será decidida a composição do Parlasul, que é o Parlamento do Mercosul.

As eleições são um momento crucial para a Argentina e determinarão não só quem ocupará o cargo presidencial, mas também influenciarão a composição do Poder Legislativo e a governança do país nos próximos anos. Os argentinos estão ansiosos para exercer seu direito de voto e ter um papel ativo na escolha de seus representantes. A democracia brasileira pode servir de exemplo para os argentinos, mostrando a importância de um processo eleitoral livre e justo para garantir a estabilidade política e o desenvolvimento do país.

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