Eleição para procurador-geral de Justiça de São Paulo define lista tríplice para suceder Mário Luiz Sarrubbo em votação eletrônica.



Neste sábado, 13 de agosto, o Ministério Público de São Paulo definiu a lista tríplice para procurador-geral de Justiça. O cargo, que foi ocupado nos últimos quatro anos pelo procurador Mário Luiz Sarrubbo, após dois mandatos consecutivos, se encontra vago desde março, quando Sarrubbo se aposentou para assumir a Secretária Nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça.

A votação teve início às 9 horas com 74% dos promotores e procuradores participantes votando em menos de duas horas. O sistema eletrônico agilizou o processo e a eleição foi encerrada às 17 horas, com o resultado sendo anunciado logo em seguida. A lista com os três candidatos mais votados será encaminhada ainda hoje ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que terá 15 dias para anunciar sua escolha.

Tarcísio não é obrigado a nomear o primeiro colocado, abrindo espaço para sua própria decisão, apesar de um pedido enviado pela Associação Paulista do Ministério Público, que solicitou que o governador escolhesse o candidato mais votado.

Entre os cinco procuradores que disputaram o topo da instituição, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, José Carlos Cosenzo, José Carlos Bonilha, Antonio Da Ponte e Tereza Exner, houve uma divisão entre apoiadores e oposição. Paulo Sérgio e Cosenzo contam com apoio de ex-procuradores-gerais, enquanto Bonilha e Da Ponte concorrem na oposição. Já Exner se coloca como uma candidata independente.

Durante entrevistas, os candidatos reforçaram o compromisso com a independência e imparcialidade na condução do Ministério Público, mesmo diante de possíveis investigações envolvendo figuras políticas influentes. Bonilha destacou a importância de melhorar as condições de trabalho dos promotores, enquanto Da Ponte defendeu uma postura firme contra o crime organizado.

Cosenzo ressaltou a importância do diálogo institucional, enquanto Oliveira e Costa prometeu reforçar a autonomia dos promotores e defender o direito deles concorrerem ao cargo de procurador-geral. Exner enfatizou a necessidade de uma estrutura organizacional mais sólida e transparente no Ministério Público.

Todos os candidatos reconhecem os desafios enfrentados pela instituição, especialmente no combate ao avanço do PCC e em garantir a eficiência e eficácia de suas atribuições funcionais. A expectativa é que o novo procurador-geral traga inovação e fortalecimento à instituição, visando a busca pela justiça e pela segurança da sociedade.

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