Eleição de 2026: Lula lidera com folga no primeiro e segundo turno, aponta pesquisa Quaest. Candidatos da direita enfrentam desafios.

Neste momento, se as eleições de 2026 fossem realizadas, Lula seria o vencedor com um amplo margem de vantagem tanto no primeiro quanto no segundo turno. Segundo a pesquisa divulgada pela Quaest na semana passada, houve o primeiro registro de desaprovação maior do que a aprovação de Lula, com 49% contra 47%.

No cenário com a maior quantidade de candidatos, Lula alcança 30% dos votos, seguido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) com 13%, Gusttavo Lima com 12% e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) com 11%. Ciro Gomes (PDT), derrotado três vezes em eleições presidenciais, está à frente dos governadores Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) com 3% cada. A pesquisa também mostrou que 14% dos votos seriam em branco ou nulos, enquanto 5% dos entrevistados se declaram indecisos.

De acordo com a Quaest, que ouviu 4,5 mil eleitores em todo o país entre 23 e 26 de janeiro, a margem de erro é de um ponto percentual. Em um eventual segundo turno, Lula teria uma vantagem de 10 pontos sobre Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Marçal, e 9 pontos sobre Tarcísio. Suas maiores vantagens seriam contra Zema (45% a 28%) e Caiado (45% a 26%).

A pesquisa também avaliou o nível de conhecimento, o potencial de voto e a rejeição de outros líderes políticos. Fernando Haddad (PT) é o mais rejeitado, com 56%. Em entrevista à CNN, Tarcísio afirmou que não será candidato à presidência em dois anos, pois pretende cumprir as entregas prometidas aos paulistas antes de se lançar como candidato à reeleição. Vale ressaltar que, segundo a Quaest, a candidatura a presidente não se constrói rapidamente, pois a maioria dos entrevistados desconhece outros possíveis candidatos, como Caiado, Zema, Ratinho e Tarcísio.

Por fim, destaca-se que Bolsonaro está inelegível até 2030 e que sua presença na sucessão de Lula poderia fragmentar a direita. Gilberto Kassab, presidente do PSD, e Arthur Lira (PP-AL) reconhecem essa possibilidade e afirmaram que, caso as eleições fossem realizadas no momento atual, o PT não estaria em posição de favorito. Lula só perderia a eleição de 2026 por problemas de saúde ou por um eventual mal governo. A única certeza é que, no momento, Bolsonaro não é visto como um concorrente forte para a disputa eleitoral.

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