A decisão da expulsão foi comunicada pela reitoria da UnB nesta sexta-feira, 5. A nota oficial esclarece que o aluno estava impedido de se matricular novamente e que a medida seguiu as recomendações do relatório do processo disciplinar e a avaliação da Procuradoria Federal que atua na instituição. Além disso, Leão já havia enfrentado suspensão desde o ano passado, enquanto respondia a acusações relacionadas à sua conduta.
O impacto da expulsão é significativo, considerando que Leão conta com mais de 940 mil inscritos em seu canal no YouTube, onde promove uma narrativa crítica à esquerda, a qual classifica como ideologicamente dominante nos cursos de História. Recentemente, ele e outros ativistas de direita organizaram um ato na universidade que, segundo relatos, incitava a violência contra estudantes, evidenciando o clima de polarização que permeia o ambiente acadêmico.
Em um dos vídeos que compartilhou, Leão se referiu ao seu curso como um espaço controlado por ideologias que deseja combater, explicando que sua presença na universidade é estratégica para a promoção de suas ideias. Essa abordagem provocou diversas reações no meio acadêmico e no público em geral, refletindo as tensões existentes entre opiniões políticas divergentes nos campi.
Atualmente, a reportagem busca contato com Wilker Leão para que ele possa se manifestar a respeito de sua expulsão, mas até o momento, não houve retorno. O desdobramento desta situação ressalta não apenas as normas de conduta no ambiente educacional, mas também as intensas divisões ideológicas que estão em evidência na sociedade brasileira contemporânea.
