As discussões e debates ganham força a partir de segunda-feira (14) e se estenderão até o próximo sábado (19). Durante este período, os participantes poderão se envolver em aproximadamente 200 eventos, que incluem painéis, mesas-redondas, conferências, apresentações culturais, premiações e atividades interativas focadas na ciência. Essa diversidade de atividades reflete a intenção da SBPC de promover um diálogo amplo sobre os desafios e avanços científicos no país.
Uma das iniciativas mais esperadas do evento é o lançamento da Pesquisa Nacional: Vozes, Territórios e o Futuro da Ciência Brasileira. De acordo com Francilene Garcia, vice-presidente da SBPC, essa pesquisa visa mapear a comunidade científica, identificando suas necessidades e expectativas para o futuro da ciência no Brasil. Garcia destaca a importância de ouvir as vozes dos diferentes integrantes dessa comunidade para compreender as dificuldades enfrentadas e os caminhos desejados para o avanço científico.
A coordenadora-geral do evento e professora de computação da Universidade Federal do Ceará, Cláudia Linhares, ressalta que um dos principais objetivos da SBPC neste ano é abordar a diversidade brasileira em suas múltiplas facetas. A partir da análise das desigualdades que permeiam desde o financiamento da ciência até questões críticas como a fome e a violência, a reunião pretende explorar os desafios enfrentados em diferentes territórios, desde as grandes cidades até as áreas rurais e marginalizadas.
Além das discussões, a ExpoT&C, que integra a programação do evento, será inaugurada nesta segunda-feira no campus Dois Irmãos da UFRPE. Com mais de 40 expositores, incluindo universidades, institutos de pesquisa, empresas e órgãos governamentais, a mostra promete apresentar as tecnologias mais recentes, assim como produtos e serviços inovadores desenvolvidos no Brasil.
O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, frisa a relevância do evento como uma oportunidade para demonstrar o papel fundamental da ciência na promoção do desenvolvimento nacional. Segundo Ribeiro, a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que incorporou o conceito de inovação no setor produtivo, reflete a preocupação em fortalecer o ciclo entre ciência, bens e serviços, uma conexão que deve ser cada vez mais reconhecida e valorizada na sociedade.