Além disso, computadores foram violados e tiveram os discos rígidos (HDs) retirados. Estes HDs continham informações pessoais sensíveis e dados de pesquisa. Diante destes eventos, a universidade iniciou uma sindicância para apurar as responsabilidades pelas depredações e pelo sumiço dos HDs.
Os estudantes da Uerj foram retirados do Pavilhão João Lyra Filho após 56 dias de ocupação, na última sexta-feira (20). O prazo dado pela Justiça para que saíssem do edifício foi descumprido, resultando na intervenção da Polícia Militar com autorização judicial. Durante a operação, ocorreram confrontos entre estudantes e policiais, com uso de bombas de efeito moral e detenções de estudantes, incluindo o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
As reivindicações dos estudantes estão relacionadas a mudanças nas regras para concessão de bolsas e auxílios de assistência. Eles protestam contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que restringe o pagamento de auxílio alimentação e estabelece critérios de renda para receber auxílios e bolsas. As novas regras excluem mais de mil estudantes que não se enquadram nos novos requisitos.
Diante da falta de espaço para negociações durante a ocupação, a Uerj estabeleceu medidas de transição, incluindo o pagamento de auxílio financeiro para estudantes afetados pelas mudanças. Apesar da judicialização do caso e da realização de uma audiência de conciliação sem acordo no dia 17, uma nova audiência especial está agendada para 2 de outubro com o objetivo de buscar um consenso sobre os valores das bolsas de estudo e dos auxílios.