A administração municipal enfatizou que essa capacitação é inédita e incluirá experiências em outras instituições de ensino, tendo como objetivo final a melhoria na gestão pedagógica, visando aprimorar a aprendizagem dos estudantes. Além disso, foi informado que as unidades afetadas contarão com o apoio de um novo profissional na equipe gestora, enquanto a remuneração dos diretores afastados permanecerá inalterada.
Entretanto, a decisão provocou reações acaloradas no meio político. O vereador Celso Giannazi, do PSOL, comentou sobre a medida, sugerindo que a iniciativa do prefeito Ricardo Nunes se assemelha a uma intervenção drástica nas escolas, evocando paralelos com períodos de repressão. Em sua fala na Câmara Municipal, Giannazi expressou preocupações sobre o real caráter da ação, que poderia ser interpretada tanto como uma punição quanto como uma perseguição, destacando a agressividade com que a administração está lidando com a situação.
Os sindicatos de educação se manifestaram de forma unificada contra a decisão. O Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal (Sinesp), o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Infantil (Sedin) e o Sindicato dos Profissionais de Educação (Sinpeem) criticaram o que consideraram uma intervenção autoritária, prometendo lutar juridicamente e politicamente contra essa e outras medidas que, segundo eles, ameaçam a integridade das escolas públicas e os direitos dos educadores.
Além disso, o trio de sindicatos também contestou a recente legislação que autorizou o afastamento de diretores, classificando-a como aprovada em condições duvidosas e com dispositivos que punem professores em licenças e que conferem poderes excessivos ao governo. Os sindicatos reiteraram a importância de defender uma educação pública democrática e os direitos de seus profissionais, prometendo mobilizações e ações para garantir essas garantias fundamentais.