Esta iniciativa é o resultado de uma colaboração entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Educação do estado do Piauí. Conforme indicado pela Comissão Nacional do Brasil para a Unesco, o projeto vai além da mera implementação da tecnologia; ele faz uma análise crítica sobre o uso da IA como ferramenta que promove equidade e inclusão social, aspectos fundamentais numa sociedade cada vez mais tecnológica.
Concorrendo com 86 iniciativas de mais de 50 estados-membros e organizações não governamentais, o Piauí Inteligência Artificial conseguiu se destacar. O projeto visa integrar, de forma responsável, a IA ao currículo escolar público, tornando essa disciplina obrigatória a partir do 9º ano até o final do Ensino Médio. Ao longo de três anos, ele oferece um programa de formação que inclui não apenas a aplicação técnica da IA, mas também sua ética, visando preparar alunos para um uso responsável e consciente dessa tecnologia.
Atendendo anualmente mais de 90 mil estudantes em 540 escolas públicas, o Piauí Inteligência Artificial já capacitou mais de 680 professores, um passo significativo na formação de uma nova geração que compreenderá e utilizará a IA de forma ética e inclusiva. A notícia de sua seleção para o prêmio foi celebrada por autoridades brasileiras, como o Itamaraty, que destacou a satisfação do governo em ver um projeto nacional sendo reconhecido internacionalmente.
Segundo o júri internacional que avaliou as propostas, o projeto é um “modelo abrangente e inclusivo” que empodera educadores e agentes sociais, promovendo o uso ético da inteligência artificial na educação. O Ministério das Relações Exteriores enfatizou a importância dessa seleção, ressaltando o compromisso do Brasil com as tecnologias digitais como aliadas no desenvolvimento social e educacional.
Essa iniciativa pode ser vista como um reflexo do esforço do Piauí em se modernizar e preparar as futuras gerações para os desafios de uma era cada vez mais conectada e digital.