O estudo, intitulado “Hábitos Culturais”, ouviu 2.405 pessoas com idades entre 16 e 65 anos em todas as regiões do país, sendo que 67% delas eram pais. Realizado entre os dias 1º e 28 de setembro do ano passado, o trabalho revelou que a percepção sobre a influência das atividades culturais no desenvolvimento das crianças varia de acordo com a classe social. Enquanto 97% dos pais das classes A e B concordam com essa importância, nas classes D e E o índice cai para 91%.
Além disso, a pesquisa apontou que as atividades culturais também têm impacto positivo nas habilidades e competências socioemocionais das crianças. Para 54% dos entrevistados, essas atividades influenciam na criatividade dos pequenos, enquanto 38% acreditam que contribuem para o autoconhecimento e 37% afirmam que influenciam na empatia e na construção do senso de cidadania.
Segundo Esmeralda Correa, coordenadora do Observatório de Pesquisas em Educação e Cultura da Fundação Itaú, a arte e a cultura deveriam ser integradas aos currículos de educação integral para o desenvolvimento completo das competências das crianças, adolescentes e jovens. Ela ressaltou a importância das escolas, principalmente as públicas, em proporcionar acesso às atividades culturais e reduzir desigualdades.
Por fim, a pesquisa revelou que as redes sociais são a principal fonte de consulta e informação sobre atividades culturais, seguidas pelas recomendações de amigos e parentes. No entanto, a escola ainda é vista como o principal lugar de acesso à cultura, à frente de clubes, teatros, bibliotecas e museus. Esse resultado reforça a importância de integrar a cultura e a educação para o desenvolvimento completo das crianças e adolescentes.









