O curso, que se estende até o dia 11, abordará uma variedade de temas, incluindo a evolução da legislação sobre saúde mental, os cuidados em liberdade e desinstitucionalização, além dos direitos humanos e a intersetorialidade na promoção da saúde mental entre os jovens. Também será discutido o papel fundamental das famílias e dos próprios estudantes nesse processo.
As atividades incluem oficinas e discussões que visam adaptar protocolos de apoio psicossocial às realidades das escolas pernambucanas. O supervisor técnico do Global Center da Fundação Stavros Niarchos para a Saúde Mental de Crianças e Adolescentes, Luis Augusto Rohde, destacou a importância da capacitação dos educadores, visto que muitos deles enfrentam diariamente questões de saúde mental sem o suporte necessário.
Rohde ressaltou que a escola muitas vezes serve como um ponto de partida para o atendimento de problemas emocionais, uma vez que as crianças passam a maior parte do dia nesse ambiente. Estudos indicam que quase 20% dos jovens enfrentam dificuldades emocionais ou comportamentais, e a identificação precoce dessas condições é crucial.
Os professores desempenham um papel vital nesse contexto, pois estão em posição privilegiada para perceber mudanças no comportamento de seus alunos. A qualificação desses profissionais é essencial para ajudar a identificar quadros de atenção, problemas de comportamento e outras dificuldades que podem impactar o aprendizado. Além disso, é fundamental desconstruir estigmas relacionados à saúde mental e criar um ambiente onde os alunos possam desenvolver-se adequadamente.
Após a conclusão do curso em Pernambuco, será realizada uma avaliação dos resultados. A intenção é verificar a viabilidade de replicar essa experiência em outros estados, ampliando assim a capacitação e o apoio às equipes educacionais em todo o país.