O relator da matéria, deputado Mendonça Filho (União-PE), decidiu retomar a carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica, conforme previsto no projeto original enviado pelo Executivo. No entanto, ele abriu uma exceção com uma carga horária básica menor (1,8 mil horas) para aqueles que optarem por seguir uma formação técnica profissional. A decisão de Mendonça Filho gerou debates e discordâncias entre as organizações ligadas à educação.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende a manutenção das 2,4 mil horas de formação básica, porém critica pontos do projeto, como a não obrigatoriedade do ensino do espanhol e a figura do professor por notório saber. Segundo o presidente da CNTE, Heleno Araújo, o projeto ainda possui problemas, mas está mais alinhado com as reivindicações do setor do que o relatório de Mendonça Filho.
O Fórum Nacional de Educação concordou com as críticas da CNTE em relação à exclusão da língua espanhola e ao notório saber. O FNE destacou a importância de ampliar o investimento na educação técnica e profissional, para evitar sobrecarregar as escolas públicas e garantir uma formação adequada aos estudantes.
Por outro lado, a ONG Todos pela Educação considerou o acordo entre o governo e os parlamentares como um meio termo entre as propostas iniciais. Já a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas defende a revogação integral da reforma do ensino médio de 2017 e a volta da obrigatoriedade do ensino da língua espanhola.
O debate em torno da revisão do ensino médio continua e as organizações seguem pressionando os parlamentares em busca de um consenso que atenda às necessidades e demandas da educação no país.