Por outro lado, 1.792 escolas estaduais já retomaram suas atividades, o que corresponde a 76,5% das escolas públicas gaúchas, mesmo após 1.059 instituições terem sido afetadas pela catástrofe em 248 municípios. Algumas escolas sofreram danos físicos em sua infraestrutura, enquanto outras foram utilizadas como abrigos temporários para famílias desalojadas.
O Ministério da Educação (MEC) concedeu dispensa às escolas de ensino fundamental, médio e superior, permitindo a flexibilização do calendário escolar, desde que seja cumprida a carga horária mínima anual. No entanto, a educação infantil foi dispensada tanto dos dias efetivos quanto da carga horária mínima.
Em Porto Alegre, a situação começa a se normalizar, com cerca de 40 mil alunos do ensino infantil retornando às aulas esta semana. A prefeitura municipal já reabriu 26 unidades de ensino e prevê a abertura de mais 21 nos próximos dias. No total, a capital gaúcha abriga 80 mil estudantes da educação infantil na rede pública, sendo que três escolas foram totalmente destruídas pelas enchentes e precisarão de reconstrução, com um investimento estimado em R$ 30 milhões.
O secretário municipal de Educação de Porto Alegre ressaltou a importância do retorno às aulas para os estudantes, especialmente após um período de interrupção devido à pandemia e às enchentes. Para muitas famílias, como a de Martim Alexandre, aluno do ensino infantil, a volta à rotina escolar representa um alívio e uma oportunidade de retomar a normalidade. Sua mãe, Amanda Rocha Mendonça, destacou a felicidade do filho autista em poder reencontrar colegas e professores.
A retomada das atividades escolares é fundamental para a reconstrução da rotina e do aprendizado dos estudantes afetados pelas recentes adversidades no Rio Grande do Sul. A superação desses desafios demandará esforços conjuntos da comunidade escolar, das autoridades e das famílias, a fim de garantir que a educação permaneça como uma prioridade no estado.
