Palacios afirmou que o que realmente aconteceu foi uma tentativa de reprodução de questões memorizadas por participantes que haviam realizado um pré-teste, etapa sigilosa essencial para a construção do exame. Ele enfatizou: “Ninguém teve acesso à prova do Enem antes de sua aplicação, exceto aqueles que participaram da sua elaboração.” Esse pré-teste é uma aplicação experimental que permite ao Inep determinar a dificuldade das questões antes de sua inclusão no Banco Nacional de Itens (BNI), estratégia que visa garantir a qualidade da avaliação.
De acordo com o Inep, as semelhanças entre as questões que circularam na internet e as que estavam na prova oficial levaram à anulação de alguns itens. Os pré-testes são realizados com estudantes que estão concluindo o ensino médio ou que já finalizaram essa etapa, e são considerados fundamentais para a holding da versão oficial do Enem. Palacios reiterou que o exame é protegido por rigorosos itens de segurança, assegurando a integridade do processo.
Além disso, ele destacou que mesmo com a anulação de algumas questões, a precisão do Enem para medir a proficiência dos estudantes não foi comprometida. “A anulação foi uma ação preventiva para proteger o Enem, em um momento em que a investigação interna ainda não tinha sido iniciada”, explicou o presidente do Inep.
Por solicitação do Ministério da Educação, a Polícia Federal lançou a Operação Profeta, com o objetivo de investigar a suposta divulgação de questões antes do segundo dia do exame. Este cenário reafirma a preocupação com a integridade do Enem, um dos principais instrumentos de avaliação da educação no Brasil.









