Em um comunicado oficial, o Inep explicou que a equipe técnica do instituto percebeu a antecipação de algumas questões, levando a uma análise detalhada das circunstâncias. A nota destaca que, embora tenham sido encontradas similaridades pontuais com os itens da prova, nenhuma questão foi apresentada de maneira idêntica à edição desse ano do exame.
A situação ganhou destaque nas redes sociais após a divulgação de um vídeo em uma transmissão ao vivo nos dias que antecederam a aplicação do segundo dia de provas, onde algumas questões do Enem foram supostamente antecipadas. Diante desse cenário, o Inep decidiu proceder com a anulação para garantir a integridade do exame.
Além da anulação, o instituto já tomou medidas mais sérias, acionando a Polícia Federal para investigar a divulgação irregular dessas questões. As investigações buscam identificar os responsáveis pela quebra de confidencialidade, um ato considerado sério, dada a natureza pública e federal do Enem, coordenado pelo Inep, que é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação.
A elaboração do Enem segue um rigoroso modelo estatístico conhecido como Teoria da Resposta ao Item (TRI), que envolve testes prévios para calibrar o nível de dificuldade de cada questão. Isso significa que os itens devem ser testados com grupos de estudantes antes de serem integrados às provas oficiais. Mesmo com a possibilidade de vazamentos, o Inep reafirma seu compromisso com a isonomia e a integridade dos exames, assegurando que todos os procedimentos de segurança foram seguidos.
A transparência na condução do Enem é vital, e o Inep continua a tomar as medidas necessárias para proteger a lisura do exame, que é uma porta de entrada para milhares de estudantes em busca de uma educação superior no Brasil.









