Os números são impressionantes: cerca de 466 milhões de crianças têm atualmente acesso a alimentação nas escolas, mas ainda existem 724 milhões de estudantes sem políticas de alimentação implementadas em suas instituições. Essa disparidade coloca em evidência um desafio global importante que necessita de atenção e ação coordenada.
Surpreendentemente, os Estados Unidos, mesmo sendo um membro da coalizão, não enviaram representantes ao evento. Camilo Santana comentou sobre a ausência, afirmando que a participação é uma decisão do país e que foram formalmente convidados a comparecer.
O evento também contou com a presença de representantes internacionais, incluindo o ministro francês Thani Mohamed, que enfatizou a importância do multilateralismo para enfrentar os desafios globais, especialmente em tempos de crise climática. Ville Tavio, ministro de Comércio Exterior e Desenvolvimento da Finlândia, reforçou a necessidade de colaboração entre os países na luta contra a fome.
Cindy McCain, diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, fez um apelo contundente por mais engajamento na causa: “O mundo está pegando fogo, as crianças estão morrendo de fome. A alimentação nas escolas pode mudar muito o mundo”, ressaltou.
Desde o início de 2023, o Brasil, junto à França e Finlândia, ocupa a presidência da coalizão. O país é uma referência global na implementação de políticas de alimentação escolar, garantindo que mais de 40 milhões de estudantes sejam atendidos. Essas políticas são vistas como fundamentais para não apenas combater a insegurança alimentar, mas também para reduzir os índices de evasão escolar, um problema que persiste em várias partes do mundo.