O concurso, que prevê convocar um número de candidatos correspondente a nove vezes as vagas disponíveis, é um reflexo de um esforço consciente para aumentar a participação feminina em setores públicos. Estudos indicam que, na edição anterior, muitas mulheres desistiram da competição, uma vez que, no dia da primeira etapa, 54,6% delas não compareceram, e apenas 39,3% das candidatas avançaram para a segunda fase. Esse cenário destaca a dificuldade enfrentada pelas candidatas, especialmente nas áreas relacionadas à tecnologia, dados e informação, onde apenas 8,4% das aprovadas eram mulheres.
Além disso, a ministra Dweck ressaltou que essa medida não deve ser encarada como uma reserva de vagas, mas sim como uma política afirmativa que visa garantir igualdade de oportunidades. Essa política se torna ainda mais relevante considerando que, frequentemente, as mulheres são as principais responsáveis pelos cuidados em seus lares. Dweck observou que a maioria das aprovações das mulheres ocorreu entre aquelas na faixa etária de 35 a 45 anos.
Outro aspecto importante da nova política é o suporte fornecido às aprovadas durante os cursos de formação. A ministra mencionou que foi implementada a obrigatoriedade da criação de salas de amamentação e espaços destinados para crianças, permitindo que as mulheres participem das formações de forma mais tranquila. Essas iniciativas visam não apenas aumentar a participação feminina, mas também criar um ambiente mais acolhedor e propício para o crescimento profissional das mulheres dentro do serviço público. Com isso, o governo busca estabelecer um novo padrão de inclusão e representatividade no setor.