Mammadov destacou que esta parceria representa um marco significativo na cooperação educacional entre as duas nações, referindo-se ao acordo como uma “nova página” nas relações bilaterais. Embora a quantidade exata de bolsas ainda não tenha sido definida, há um foco claro nas áreas de energia renovável e transformação digital, incluindo temas como conectividade, transporte e inteligência artificial. O Ministério da Educação do Brasil será responsável por divulgar as oportunidades disponíveis.
O vice-ministro também ressaltou que o Azerbaijão já conta com mais de 100 bolsas anuais destinadas a estudantes internacionais em suas instituições de ensino superior, demonstrando um compromisso contínuo com a educação global.
Além das iniciativas educacionais, Mammadov abordou o interesse do Azerbaijão em estreitar laços no âmbito da pesquisa. O país se mostrou especialmente interessado nas iniciativas promovidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em particular no que diz respeito ao desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis.
No que diz respeito a aspectos comerciais, o Azerbaijão já se destaca como um fornecedor importante de fertilizantes para o Brasil. Durante encontros com o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e com o chanceler Vieira, Mammadov reiterou a importância de fomentar as relações comerciais entre as duas nações. Uma proposta em pauta é a criação de uma plataforma econômica que permita ampliar as trocas comerciais. Ele mencionou que a importação de açúcar do Brasil, por exemplo, dobrou em comparação ao ano anterior, o que indica um crescimento nas relações comerciais.
Além disso, os laços entre os dois países foram fortalecidos recentemente através de colaborações no âmbito da Conferência do Clima, a COP29, que ocorreu em Baku. Agora, a expectativa é que a próxima edição, a COP30, aconteça em Belém, no Brasil. Ambas as nações compartilham preocupações sobre as responsabilidades dos países desenvolvidos no enfrentamento das mudanças climáticas, embora reconheçam que há divergências, especialmente em relação ao financiamento dessas iniciativas.
Essa nova fase na relação Brasil-Azerbaijão abre portas para um intercâmbio mais profundo, tanto em termos acadêmicos quanto comerciais, prometendo um futuro de colaboração mútua e desenvolvimento sustentável.