Santana explicou que o Enem conta com um banco de perguntas que é utilizado em pré-testes aplicados a grupos diversificados de estudantes. Ele revelou que a suspeita de vazamento surgiu após a divulgação de informações por uma pessoa que participou desses pré-testes, que fez revelações em uma transmissão ao vivo.
O Inep, em comunicado anterior, já havia recebido relatos sobre a antecipação de questões semelhantes às que foram aplicadas no exame, levando a esse turno de eventos. O ministro também comentou que, apesar da situação, o Enem foi um sucesso, tranquilizando candidatos e familiares sobre a idoneidade do processo avaliativo.
“Eu determinei ao Inep que apurasse o que ocorreu e tomasse as medidas cabíveis” – afirmou. Santana enfatizou que a decisão de anular as questões se baseou no desejo de impedir que qualquer candidato fosse prejudicado. Ele acrescentou que, apesar da anulação, os outros 87 itens da prova e a redação permanecem válidos.
As investigações em relação a possíveis fraudes no Enem ficam a cargo da Polícia Federal, considerando que as provas representam um serviço federal de interesse público. O Enem é administrado pelo Inep, uma autarquia federal subordinada ao Ministério da Educação.
Em relação ao método utilizado na elaboração do Enem, o Inep adota a Teoria da Resposta ao Item (TRI), uma abordagem que faz uso de modelos estatísticos para adaptar o nível de dificuldade de cada questão. Este processo inclui a pré-testagem das questões, cuja finalidade é ajustar a dificuldade das perguntas que compõem o exame, garantindo assim uma avaliação justa e equitativa. Dessa forma, os participantes de pré-testes têm acesso a questões que poderão ser empregadas em futuras edições do Enem, contribuindo para a formação do Banco Nacional de Itens, a base de dados que sustenta a elaboração das provas. O Inep reafirmou que está implementando múltiplas estratégias para assegurar que as questões sejam calibradas de maneira adequada, preservando a qualidade e a confiabilidade do Exame Nacional do Ensino Médio.
