A menção de Eduardo à candidatura vem como uma estratégia visível para o partido, caso seu pai não consiga concorrer. Contudo, para que a missão de Eduardo se concretize, Jair Bolsonaro precisaria respaldar essa iniciativa, algo que, segundo indícios recentes, ele não demonstra estar totalmente disposto a fazer. Essa dinâmica familiar e política levanta questões sobre a continuidade do legado bolsonarista no Brasil, especialmente em um momento em que o país busca reestruturar seu cenário político após anos polarizados.
A declaração do deputado ocorreu durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que teve lugar em Miami, no último final de semana. O evento reuniu diversos líderes e influentes da direita mundial, proporcionando um palco internacional para a defesa de ideais conservadores. Durante sua fala, Eduardo enfatizou também a importância de sua permanência nos Estados Unidos, sugerindo que essa posição estratégica lhe permite articular esforços para a imposição de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes, figura controversa e criticada por muitos no campo bolsonarista, tem sido um alvo frequente de críticas por seu papel em decisões que afetam a liberdade de expressão e a integridade do processo eleitoral.
Assim, Eduardo Bolsonaro claramente se posiciona não apenas como um potencial candidato, mas também como um ativista em defesa de sua visão política, enquanto observa o desenrolar da situação de seu pai no Brasil. Esta soma de fatores gera um panorama intrigante e, ao mesmo tempo, desafiador para o futuro da política nacional.