A polêmica teve início quando Mendes expressou sua preocupação com as declarações de Eduardo, que, segundo ele, não se conectavam com a realidade. O governador argumentou que o parlamentar, atualmente residindo nos Estados Unidos, estava distante dos problemas enfrentados pelos brasileiros e criticou suas opiniões, em especial uma sobre o aumento de tarifas proposto pelo ex-presidente Donald Trump, que Mendes considerou um “grande equívoco”.
Na resposta, Eduardo Bolsonaro fez questão de rechaçar as palavras de Mendes, afirmando que a falta de coragem do governador em nomear a responsabilidade por suas opiniões fragiliza o debate político. Ele relatou que sua condição de “exílio” é consequência de políticos que buscam transferir a responsabilidade por suas decisões. “Senhor Mauro Mendes, se o senhor não tem coragem de chamar as coisas pelo nome, não me culpe pela sua frouxidão”, desabafou o deputado.
Além de criticar o governador, Eduardo desafiou Mendes a utilizar sua influência política para lutar pela anistia de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou a importância de ações concretas, argumentando que discursos vazios não demonstram verdadeira lealdade ao ex-mandatário.
A tensão entre os dois políticos reflete uma polarização crescente no cenário político brasileiro, especialmente entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e seus críticos. As declarações de ambos se inserem em um contexto maior de descontentamento e busca por espaço na narrativa pública, com figuras como Eduardo tentando manter a relevância em um ambiente onde a lealdade é frequentemente testada.
O acirramento das relações entre a família Bolsonaro e outros políticos mostra que, mesmo em meio a discussões ideológicas, há uma disputa constante pela narrativa que se estabelece na esfera pública. As palavras de Eduardo podem ser vistas como um apelo para coesão entre os que se identificam com o bolsonarismo, ao mesmo tempo em que expõem as fissuras entre aliados e adversários.
