A situação se agravou quando Eduardo, em uma conversa com Jair, questionou se o presidente utilizaria o mesmo adjetivo para descrever Michel Temer, ex-presidente e figura notável em momentos de crise política no Brasil. O deputado expressou seu descontentamento de forma contundente, criticando a falta de reconhecimento e cobrança de responsabilidade por parte do pai. A declaração de Eduardo, que disse querer que Jair o visse da mesma maneira que vê Temer, reflete uma tensão crescente dentro da família política.
O diálogo entre os dois, revelado por documentos da Polícia Federal enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorreu em 15 de julho, logo após a imposição de tarifas pesadas por parte do governo de Donald Trump, o que levou Jair a criticar a condução política do filho em comparação com a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A relação entre Jair e Michel Temer já se mostrou importante em outras ocasiões, principalmente em momentos de crise entre o governo e o STF. Em 2021, Temer foi chamado a intermediar conflitos entre Jair e o tribunal, evidenciando seu papel como um conciliador estratégico. Em uma nova crise em 2024, ele também atuou para amenizar tensões, dialogando com ministros quanto à postura de Bolsonaro.
Após o embate com o pai, Eduardo refletiu sobre suas palavras e em uma mensagem reconheceu que havia exagerado em sua reação, pedindo desculpas por ter se deixado levar pela emoção. Ele também compartilhou um link em suas redes sociais, ressaltando que, apesar das diferenças, ele e Tarcísio buscavam o bem-estar dos brasileiros. O episódio não apenas destaca a complexidade das relações familiares no cenário político, mas também revela os desafios enfrentados entre personalidades que ocupam posições tão distintas e influentes.